Logística reversa: O que é e por que devemos agir agora?
Imagens de montanhas de lixo boiando pelos rios e oceanos são angustiantes. Pior ainda se pensarmos que são apenas a ponta do iceberg. Servem como alerta, para sabermos que há muito lixo espalhado pelo planeta, em locais que jamais deveriam estar.
Se não mudarmos nossos hábitos de consumo e descarte, estima-se que até 2050 os rios e oceanos terão mais resíduo plástico do que peixes. Felizmente, existem muitas pessoas dispostas a repensar seus hábitos. E é por meio da logística reversa que fabricantes e varejistas podem ajudá-las nessa missão, e vice versa.
O QUE É LOGÍSTICA REVERSA
A logística reversa tem a proposta de garantir a devolução dos resíduos e embalagens dos produtos para seus fabricantes. Desempenha papel vital quando falamos em preservação ambiental e reutilização de resíduos. Possibilita às organizações reaproveitar, renovar e reciclar os resíduos gerados em diversos pontos de sua cadeia de produção. Em termos simples, logística reversa é o reaproveitamento de resíduos da maneira mais ecologicamente correta.
O QUE DIZ A LEI BRASILEIRA
Em 2010, o Brasil finalizou sua Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma lei que visa diminuir o volume total de resíduos produzidos e aumentar a sustentabilidade. Resíduos públicos, domésticos, industriais, de mineração, florestais, transporte, construção e saúde são todos cobertos por esta política, e grande parte da responsabilidade pelo gerenciamento de resíduos recai sobre seus produtores.
Fabricantes, lojas, supermercados, distribuidores, importadores e o comércio varejista são obrigados a implantar sistemas de logística reversa. Nos termos da lei: “As embalagens serão fabricadas com materiais que permitam o reaproveitamento ou reciclagem”. Isso é válido para todo o país e funciona como uma garantia para as empresas de que a logística reversa será adotada mais rapidamente.
EMPRESAS MAIS EFICIENTES
A logística reversa é um processo pelo qual as empresas podem se tornar mais eficientes do ponto de vista ambiental por meio da reciclagem, reutilização e redução da quantidade de materiais usados.
A questão do lixo não é um problema novo. Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos tornou-se uma exigência legal no Brasil de que as empresas encarem esse desafio. Mas muitas ainda não se estruturaram para atender a essa demanda que, além de obrigatória, traz vantagens competitivas.
A concepção e a defesa dos valores ecológicos traz oportunidades de inovação e aprimoramento dos processos produtivos. Empresas conscientes de seu papel em relação ao meio ambiente estão adotando tecnologias mais limpas, optando por materiais ecologicamente corretos, gerando empregos em cooperativas de reciclagem e simplificando o reaproveitamento de embalagens.
A logística reversa contribui para a redução dos custos com matéria-prima, uma vez que os resíduos são devolvidos às empresas e podem ser reaproveitados. Um programa bem administrado pode resultar em economias significativas de custos em aquisição de matéria-prima, descarte, manutenção de estoque e transporte.
Com o aumento da industrialização e da globalização, a logística reversa deve ganhar impulso nos próximos anos nos países em desenvolvimento, o que não só levará a ganhos econômicos, mas também protegerá o meio ambiente.
QUAL O PAPEL DE CADA UM?
O Brasil gera cerca de 78,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano e 70% dos municípios possuem algum tipo de coleta coletiva. No entanto, os serviços de limpeza pública não conseguem cobrir a totalidade dos resíduos produzidos. O resultado do descarte incorreto de produtos com potencial de reciclagem cria danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Uma das estratégias de logística reversa implementada pelas empresas é oferecer ao consumidor a oportunidade de trocar as embalagens vazias por condições vantajosas para a compra de novos produtos. A correta destinação de resíduos é dever de todos nós, porém, por meio de processos como a logística reversa, fabricantes e varejistas podem contribuir significativamente para uma gestão mais responsável, cumprindo sua responsabilidade legal e ainda ganhando oportunidades de inovar, reduzir custos, gerar empregos e colaborar com a preservação ambiental.
Cabe a cada um de nós dar o primeiro passo, que nada mais é do que fazer a separação dos materiais para o descarte correto. Se cada cidadão fizer a sua parte, basta que o resto da cadeia funcione para que o resíduo chegue em seu destino para ser reaproveitado.
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